quarta-feira, 1 de julho de 2009

Todo dia ela acorda
E já não realmente importa
Se agora é a faculdade
O que antes era a escola

Continua sendo sempre
A mesma coisa e o mesmo dia
Mesmo agora que ela dirige
O carro que o motorista dirigia

Se por descaso ou por faltas
As notas não vão bem,
Em casa não faz diferença
Ninguém espera que ela vá mais além

E ela não entende
Esse vazio tão cheio
A agonia da falta de não ter
E ela não sente, não entende o seu presente
Não quer aquilo que não pode escolher

Sua mãe sempre ocupada
Só a encontra
Quando vão fazer as unhas
Ou o cabelo no salão

O pai acha que se ela
Tivesse nascido homem
O estudo importaria bem mais do que a boa educação

E a empregada acha estranho
Sua maneira de conversar,
Mas sabe que é só com ela
que a menina é sincera ao falar

E ela não entende
Esse vazio tão cheio
A agonia da falta de não ter
E ela não sente,não entende o seu presente
Não quer aquilo que não pode escolher

No fim de semana quando ela sai,
Ela procura coisas novas
Novas drogas, novos homens
Pra tentar se fazer sentir

E quando já é de manhã e ela volta pra casa
Não há nada além de lágrimas
Não há palavras pra excluir

Então ela chora, chora
E tenta entender o que acontece,
Mas ela não entende
Não entende não

E ela não entende
Esse vazio tão cheio
A agonia da falta de não ter
E ela não sente,não entende o seu presente
Não quer aquilo que não pode escolher.


Ouvindo: [ Everybody´s Change - Keane ]