Por esses dias,quase me afoguei em mim mesma e na memória,não tão boa que tenho,mas quando se volta,rapidamente se faz aqui. Não lembro de falas,tão pouco de ações. Maior parte do que absorvo está no corpo,nos sentidos e se possível,em passagens cruciais,humanas,sujas ou borradas,e acima de tudo,minhas.
E por ser esse teatro que canta e chora,chora e canta,acabo meus dias despertando nos demais canções que na concepção de cada um,lhe dão a chance de estar alimentando liberdade ou qualquer tipo de livre arbítrio em determinado momento,ar que se respira ou procurando,sem saber,que no final desse ápice do sentir,acabo fechando meus olhos no ato de enganar primeiro á todos,e por último,á mim.
Nunca rejeitei flores,mas hoje,hoje talvez não mais,me sinto no direito de fazê-lo.
Minhas palavras renascem mais do que á mim.Ao andar na direção do outro,sempre me faço de vento para alcançá-lo,mas quase nunca para me apaixonar. O equívoco,talvez insípido,é um só e não sei mudá-lo.
Esse amanhecer,se concretiza quando vejo estrelas na luz do dia,sozinha. Ou quando vejo o sol durante a noite. E só me dou,cem por cento,aos que veem mais que eu na serenata que a vida faz á nós. Canto de volta,e vice-versa. Já me transbordo demais por sentir saudade de tanta gente,e confessar,sem medo,que é o único vestígio que me faz chorar. E quando bate, grande parte da memória resgata o muito que muitas vezes não me recordo de imediato,mas o suficiente para as coisas serem reais em mim,ou irreais...se for preciso.
Enquanto eu falar mais com o corpo do que a mente,permanecerei intacta. Enquanto me denominarem de qualquer encanto estipulado,a cá ficarei.